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O sonho dela agora é meu
“Qual é o seu maior sonho?”, perguntei. “Conhecer a aurora boreal”, ela me respondeu. E me mostrou os dentes de um jeitinho que sempre faz florescer um jardim de girassóis em meu interior. Depois disso, comecei a sonhar com a possibilidade de proporcionar um encontro entre ela e a tal da aurora. E só vou sossegar no dia em que conseguir, falo sério.
O amor não é receita de bolo
“Quais atitudes eu devo tomar para mantê-lo sempre interessado em mim?”, “Qual a receita ideal para evitar traições e falta de tesão?”, “Ele mora em um estado e eu em outro, qual é a chance de a nossa relação dar certo?”, “Ele quer ter filhos e eu só desejo cachorros, o que digo para convencê-lo a mudar de ideia?”, “Estou em dúvida entre o ex e o atual, como decidir?”,
Desacelerar é preciso
Em meio a uma avalanche de conselhos como “keep walking” e “o show não pode parar”, que nos incentivam a permanecer em ininterrupto movimento, percebo que temos nos esquecido da importância de dar um pause geral vez ou outra. Se é que um dia soubemos dela, né?
Nossa, ele vai se casar de novo!
Um site de fofoca anunciou: “O Fábio Jr. se casará pela sétima vez”. E bastou para começarem a afirmar que ele é sem noção, que a moça (vinte e poucos anos mais nova) só está com ele por causa de dinheiro, que logo o cantor vai se separar de novo etc. Quanta gente falando besteira, não acha? Pois eu acho!
Eu segui (feliz) sem você
No dia em que você disse “precisamos conversar” e, minutos depois, partiu portando seu pijama de panda, um pote de hidratante de pêra e qualquer chance de um futuro à nossa história, eu juro: pensei que não fosse mais reencontrar com a felicidade.
Há males que vêm para o bem
“Há males que vêm para o bem” é um dos ditados que mais ouço nesta vida. É tipo o vestidinho preto das afirmações de consolo, manja? Basta ser demitido, quebrar o pé ou perder o avião para que alguém faça cara de senhor Miyagi e o diga, pode observar. Mas será mesmo que faz algum sentido?
Você não pode controlar tudo
Uma das melhores coisas que podemos fazer na vida é aceitar nossa imutável falta de controle sobre muitas coisas – a maioria delas, talvez.
Muitas vezes, por maior que seja a nossa vontade de mudar um cenário, não há nada que possamos fazer, infelizmente.
Bichos de estimação mudam vidas
Sua vida não permanecerá a mesma depois da chegada deles, acredite. Depois que entram em sua casa – seja por insistência da sua namorada, seja por um encontro inesperado promovido pelo acaso -, não dá para se manter indiferente, fingindo que a afirmação “ter bichos faz bem à saúde” é uma mentira. Não dá!
Coração não é brinquedo
Cresci ouvindo conselhos como: “Não ligue no dia seguinte”, “Evite demonstrar que você está totalmente na dela” e “Finja que não se importa muito”. Por muitas e muitas vezes tentaram me fazer acreditar que não há relacionamento – curto ou longo – sem joguinhos, dissimulação e um bocado de blefe.
O dia em que o Rodrigo Hilbert murchou minha autoestima
Eu estava me sentindo o máximo por ter conseguido trocar a fechadura da porta e graças ao arroz soltinho que tinha feito hora antes. Estava… Até que o Rodrigo Hilbert, fingindo querer apenas informar e entreter, apareceu para me dar uma surra de picanha. Ou bife ancho? Tanto faz! Só sei que doeu.
Nosso amor se aposentou no auge
Vai dar saudade, eu sei. Saudade que carregará por aí, para todo canto, e que fará com que se sinta presa a um capítulo que já terminou.
Saudade que vai virar desculpa para se sentar num café e, entre xícaras vazias de cappuccino e conversas distantes, tentar descobrir o que deu errado, qualquer miúdo motivo para os tantos planos e “Vamos lá um dia?” que deixamos pela metade.
Quando eu partir
De vez em quando me perguntam se eu tenho medo de morrer. “Óbvio que tenho”, respondo. Você também tem, não é mesmo? Eu sei, eu sei… O principal motivo do meu medo, porém, talvez seja diferente do seu: apavoro-me só de pensar na possibilidade de deixar as pessoas que eu amo sozinhas neste mundo áspero e egoísta, principalmente a minha namorada, que vive a dormir de cabelo molhado, atravessar avenidas movimentadas procurando figuras em nuvens e a dizer “eca” para os alimentos integrais.
Prefiro a balada do meu sofá
Por muitos anos eu fui um cara da noite, da madrugada, que curtia várias fitas, várias baladas. Escrevi “fui” porque, há pouco tempo – depois de um memorável piquenique no parque -, concluí: eu não sou mais o mesmo, deixei de ser o corujão que amava, incondicionalmente, a madrugada.
Desconfio de gente que trata mal o garçom
Para alguns, pode parecer apenas um detalhe insignificante. Para mim, porém, a forma como uma pessoa trata o garçom é decisiva à imagem que construirei dela; tanto que, em meus primeiros encontros, eu sempre prestei muita atenção nisso, mesmo nas vezes em que me vi diante de decotes magnéticos e vozes tesônicas capazes de aguçar meus instintos mais animalescos.