• O verdadeiro amor nasce em tempos difíceis
  • O verdadeiro amor nasce em tempos difíceis


    Amar quando tudo vai bem é fácil, muito fácil. Quando se tem sorriso no rosto para alegrar a alma, dinheiro no bolso para sustentar os desejos e saúde de sobra para uma vida a dois plena e sem preocupações. Mas, quando surge algo inesperado no meio de toda essa felicidade muitas vezes os envolvidos não encaram a situação com a devida maturidade. Toda tempestade gera incômodos e destroços. Ou você gosta muito mesmo para não se importar em reorganizar o caos sempre que for necessário ou você simplesmente ainda não entendeu o que é o amor.

    Ultrapassar um obstáculo exige muito além da calma. Bagunça nossas certezas, fere nossas expectativas e, definitivamente, nos força a sair da zona de conforto. No fim tudo se resume a qual a importância que você dá ao que está em jogo. É uma dívida financeira, um diagnóstico pesado, mudanças no trabalho, perdas materiais e emocionais. Qual a parte da desordem do outro que te fere diretamente e te impede de prosseguir de mãos dadas? Porque sim é absurdamente mais simples tirar o time de campo e evitar o desgaste por algo que não provocamos do que dar as duas faces a tapa enquanto passa o furacão. Mas, não é sobre isso que são as parcerias?

    Apesar de inconvenientes os problemas nos deixam mais fortes. Como indivíduos, como companheiros, como seres humanos. Eu também acredito demais que o universo de certa maneira nos “testa” a todo momento. O quão forte é o seu desejo de permanecer naquele caminho, o que você está disposto a enfrentar, qual o tamanho da sua força? Essas são algumas perguntas que sustentam o nosso merecimento. Queremos viver um amor de verdade, com tudo o que se tem direito, ou queremos apenas um status, uma fuga da solidão, uma companhia para o chope de sexta.

    Pode parecer clichê e óbvio só que nem todo mundo tem estômago (ou coração) para encarar possíveis adversidades. E isso não é um julgamento, faz parte da travessia de cada um. Pode já se ter vivido o suficiente para saber que nem tudo ou quase nada praticamente são flores. Pode também se precisar de uma bagagem adicional para se entender a origem de um sentimento tão nobre. Viver a dois envolve altruísmo, renúncias (inúmeras aliás), desapego. É se ver diante de uma situação inevitável de perda, seja ela qual for, que modifica a estrada original e ainda assim os ganhos de se continuar o caminho parecerem maiores.

    Lindo mesmo são aqueles casais que erguem impérios do nada contando apenas com o abrigo do outro. Que saem de situações limítrofes e conquistam tudo o que sempre sonharam com apenas dedicação e resiliência. Já dizem por aí que mar calmo nunca fez bom marinheiro. Nem bons amores, bons relacionamentos ou boas histórias para contar. Amor não é um físico, uma conta bancária ou um carro importado. Amor, no grosso da palavra, se resume a ter o mundo em muito pouco. Nem todos compreendem a tempo. Daquele livro tão singelo: “alguns infinitos sãomaiores que outros”. Sejamos então intermináveis em nossa entrega. Porque todo o resto se vai num sopro. Acredite, se você acha uma perda temporária difícil de engolir, não queira experimentar o “nunca mais”. Não queira desejar só mais um segundo.

    danielle-assinatura


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