• Você não precisa de um  namoro para ser feliz
  • Você não precisa de um


    namoro para ser feliz


    Vamos lá: estar com alguém é sensacional. Muito mesmo, com toda razão. A vida da gente fica mais colorida, mais divertida, mais gostosa e recheada de muito amor. Seria hipocrisia negar que estar enrolada, enamorada ou casada é maravilhoso. É sim, demais da conta. Mas, nunca, em hipótese nenhuma, a nossa felicidade deve ser colocada sobre os ombros de outras pessoas. Ser feliz é uma responsabilidade tão grande que jamais deve estar aos cuidados de outros. Por mais que estar em um relacionamento faça um bem danado para o nosso bem estar físico, mental e emocional essa sanidade deve ser conquistada primeiro individualmente. Amor não é válvula de escape de gente frustrada. Amor é ponto de encontro de duas pessoas completas por si só.

    Dá um medo danado de ficar sozinha (o), eu sei. As últimas experiências foram frustradas, todo mundo ao redor parece estar se ajeitando e o tempo, sempre imperdoável, está passando com uma velocidade assustadora. É preciso uma tranquilidade absurda para encarar essa descarga de emoções com o discernimento necessário, é um fato. Mas, não dá para desesperar. Começar a aceitar migalhas quando deveria estar degustando um belo de um banquete, correr atrás de qualquer gato pingado que cruza o nosso caminho, mergulhar de cabeça em relações que já se mostraram inconstantes. Isso é carência, ansiedade, incerteza, solidão. Não é amor.

    Independente de tudo e de todos, alegria é o que nasce dentro da gente e não em terreno alheio. Condicionar a nossa satisfação pessoal a alguém ou a um status social, além de irracional é arriscado demais. É basicamente tirar das nossas mãos um dos bens mais preciosos que recebemos do universo: o livre arbítrio. O poder de escolher como, onde, quando e com quem dividiremos os nossos sorrisos. É se permitir ser completo apenas quando está acompanhado, como se a felicidade estivesse atrelada à existência de um namorado (a). Gente, amor veio para somar, para deixar ainda mais lindo o que já é maravilhoso, não para preencher uma lacuna vazia.

    Eu tenho plena consciência que na prática a coisa não é tão simples assim, acontece que deveria ser. O paquera pegou seu telefone e não ligou, não retribuiu a mensagem, desmarcou o encontro de sexta, sumiu e reapareceu meses depois? Que ótimo! Essa é a roda da fortuna te dando outra chance de tentar novamente, mas agora com alguém que realmente demonstre reciprocidade. Tudo está na forma como se encara a situação. Ou a gente pega a história toda e se martiriza, investe tempo, batom, paciência, derrama lágrimas e mais lágrimas até o outro finalmente ir embora de vez por conta própria. Ou a gente desapega e entende de uma vez por todas que simplesmente não era pra ser. O que tem que ser tem a força de mil trovões. É brilhante e ensurdecedor.

    Já passou da hora da gente aprender a ser feliz sozinho. Clichê, óbvio, frase de propaganda de margarina, mas parece que a mensagem ainda não foi absorvida. Precisamos encontrar a felicidade na frente do espelho. Não é no rolo, não é naquela paixão platônica, não é na foto montada a dois para ostentar uma parceria aparentemente perfeita. Amor foi feito para agregar, não é um cofre em que a gente deposita moedinhas até se sentir plenamente afortunado. A verdadeira riqueza consiste em ter uma pessoa ao lado sem precisar dela. A gente só carece de três coisas para ser feliz: amor próprio, Netflix e chocolate. O resto é dispensável até demonstrar merecimento. Antes só do que gastando perfume, saliva e salto alto com qualquer gato vira-lata que ofereça um romance meia-boca.

    danielle-assinatura


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