• 2015 só vai ser melhor se você decidir mudar
  • 2015 só vai ser melhor se você decidir mudar


    Festas de ano novo são o cenário perfeito para as minhas observânças. Gente vestindo branco, pulando sete ondas e tomando sopa de lentilha não me parecem apenas supersticiosas: são o reflexo da nossa mania irremediável de esperar mais do mundo, do ano que vai chegar, das pessoas ao nosso redor. De esperar mais do que nos é alheio que de nós mesmos.

    Mesmo nas vezes em que um novo mês se aproxima, é comum ouvir preces de “que dezembro traga só coisas boas”, como se uma virada de página no calendário pudesse nos trazer o que só nós mesmos podemos buscar. Temos o hábito preguiçoso de esperar. Nos contentamos com a fé e, por mais incrédulo e cruel que isso pareça, ela é insuficiente.

    É exatamente assim que eu vejo as religiões (e é por isso que não sou adepta a nenhuma delas). É cômodo acreditar que há um Deus que pode cuidar de cada detalhe de nossas vidas sem que precisemos mexer uma palha. Ou que se usarmos um vestido vermelho no dia 31 de dezembro o ano seguinte nos trará o amor que não semeamos, o branco nos trará a paz que nunca buscamos, o amarelo nos trará o dinheiro que não trabalhamos duro pra ganhar.

    A fé é um dom admirável. Acreditar no invisível é o que nos dá coragem para encarar a vida, mas, por favor, que nunca deixemos de encará-la com essa coragem, e que vejamos o novo ano com expectativas, mas, sobretudo, com vontade de fazer acontecer.

    Cada ano que chega – ou melhor, cada dia que amanhece – é uma oportunidade de sermos melhores, mas isso depende exclusivamente de nós. Da nossa capacidade de compreender que acreditar é ótimo, mas quem apenas acredita não alcança jamais. O mundo real é feito de ações, de grandes doses de coragem.

    As mudanças que queremos do mundo precisa vir de nós – porque o nosso mundo nos pertence. Somos responsáveis pelas nossas vitórias e, sobretudo, pelos nossos fracassos. Não dá pra culpar o destino se tudo der errado. Não dá pra culpas as energias negativas se você não conseguiu o que queria. A culpa e o mérito são exclusivamente nossos.

    Para o próximo ano, desejo que deixemos de lado essa mania romântica de esperar sentados (ou ajoelhados), e partamos para a ação. Que paremos de esperar que o mundo mude e mudemos para o mundo. E que a gente jogue na mega-sena da virada sem esquecer de cuidar dos nossos projetos de vida. Acredito muito na sorte – e a sorte vem pra quem trabalha duro.

    ass-nathalie


    " Todos os nossos conteúdos do site Casal Sem Vergonha são protegidos por copyright, o que significa que nenhum texto pode ser usado sem a permissão expressa dos criadores do site, mesmo citando a fonte. "