• O que as mulheres acham dos homens românticos
  • O que as mulheres acham dos homens românticos


    Falar em homem romântico é, automaticamente, cantarolar Vander Lee: “Românticos são poucos, românticos são loucos desvairados […] Romântico é uma espécie em extinção”. E mais, enquanto o termo é constante no vocabulário feminino, do lado masculino se encontra praticamente em desuso, junto aos verbetes antigos, ao lado de “vossa mercê” e “por obséquio”. Porém, estar em risco de extinção não é estar extinto.

    Aos desavisados de plantão, declaração de amor no facebook não é romantismo, ok? Abrir porta do carro, levar para jantar em um restaurante recém-inaugurado do outro lado da cidade e ainda pagar a conta, também não é. Ser gentil, prestativo e companheiro, deveriam constar em todos os manuais do homem moderno, mas ainda há aqueles que preferem usar o que seus antepassados neandertais cravavam nas paredes das cavernas.

    Homens, por favor, sem exageros! Pequenos mimos até agradam, mas cuidado para não babarem tanto sobre suas amadas a ponto delas terem de comprar um barco para conseguirem ficar perto de vocês. Fazer aquela voz ridícula parecendo estar falando com uma criança de dois anos ou apelidos do tipo “tchutchuquinha”, “pão-de-mel”, “pão-de-ló” ou “quindim”, são seu ingresso para a primeira fila do filme dos Ursinhos Carinhosos. Convenhamos, um apelido engraçadinho que fique só entre vocês é até aceitável, mas ouvir gritar do outro lado do corredor do mercado um “Fofucho, leva azeitona?” é sinônimo de sofrer de vergonha alheia para os outros clientes.

    Romantismo não se força, não se finge. Está atrelado à paixão, mas não àquela paixãozinha que você vira a esquina, guarda no bolso e só tira quando vai encontrá-la novamente. Falo de paixão de verdade. De suspiros, de sonhar acordado, de virar a mesma esquina e querer voltar correndo porque a saudade já começou a apertar. Paixão de olhar nos olhos da pessoa amada e enxergar um futuro muito mais distante que o dia seguinte. E aí, da necessidade de ter aquela pessoa ao seu lado, da vontade de ser e fazê-la feliz, é que desperta o ser romântico.

    Um convite para contemplar a Lua, mesmo que por telefone, pois estão a quilômetros de distância um do outro. Um brilho diferente no olhar, seguido de um sorriso que diz – “Hoje meu mundo está mais feliz” – a cada reencontro. Um carinho seguido de um abraço apertado e um pedido de desculpas ao assumir que estava errado (até mesmo quando “certos vão pedir perdão”). Ser romântico é mais do que ser companheiro, incentivar sonhos, planos. Mais do que post-it’s pela casa, flores novas toda semana e esquecer a vergonha de dançar no meio do salão mesmo sem saber dançar. O romantismo é primo irmão do amor. É despertar de manhã e, antes de agradecer por um novo dia, olhar para o lado e ter a visão mais perfeita e sorrir pela sorte de ter quem se ama junto a si. Ser romântico é segurar a mão e saber a hora certa de soltar. É entrelaçar os dedos por entre os cabelos e desfazer os nós, e refazer o nós.

    Românticos podem até ser raros. Mas, mais raro ainda é encontrar alguém disposto a viver um amor de verdade que faça despertar o ser romântico.

    vitor


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