• Porque Não Vale a Pena  Sofrer Por Alguém Que Te Faz Sofrer
  • Porque Não Vale a Pena


    Sofrer Por Alguém Que Te Faz Sofrer


    Estima-se que o planeta Terra hoje possui aproximadamente sete bilhões de habitantes. Tristemente, alguns desses morrerão enquanto estiver lendo este texto, mas com imenso prazer e tesão, informo que em alguma cama bem próxima a você existem pessoas totalmente nuas, trabalhando duro e suando para que bebês com cara de joelho nasçam em prováveis nove meses. Haja fralda!

    Gosto de pensar nessas tantas pessoas, me faz bem. Não conheço nada mais interessante do que gente. Quando posso, passo a madrugada inteira olhando as luzes acesas dos muitos lares que me rodeiam, pensando no quanto é gostoso saber que em algumas dessas casas moram camisolas bem fininhas e maliciosamente esvoaçantes.

    Fico feliz de verdade quando dou conta de que por trás das inúmeras janelinhas de cada cidade, existem muitos seres humanos, um diferente do outro, todos únicos, não apenas pelas impressões digitais ou pela arcada dentária, mas pelo som individual de cada gargalhada e lógico, pelo formato diferente de cada bunda. Não nego que fico mais alegre ainda quando tento estimar a quantidade de nádegas femininas presentes no território terrestre. Gosto de perder certas contas.

    Gosto de sair na rua, imaginar-me escondido em baixo de cada saia e bem lá no fundo, tenho certeza de que isso nunca será um pecado. Como eu gosto dos mamilos, afinal, eles não são lindos? Melhor ainda é pensar que toda mulher carrega duas dessas jóias circulares e que cada uma delas tem o ilustre potencial de ficar eriçada com a bênção de São Pedro, quando esse manda um ventinho frio, aliás, quantos mamilos será que o mundo abriga, hein? Haja sutiã! Como eu amo perder certas contas.

    Gosto de ir à praia, passar o dia todo enterrado só com a cabeça fora da areia, apreciando os biquínis das tantas deusas que admiravelmente os vestem sem medo das celulites e das imperfeições normais que a bunda carrega. Já disse hoje que amo as bundas? Enfim, gosto também dos pescoços e gosto mais ainda quando acho neles o botão mágico capaz de arrepiar cada pelinho do corpo feminino.

    Gosto desse desfile natural e de ter a certeza absoluta que envelhecerei sem ao menos saber pra onde olhar primeiro, tenho vontade de ficar girando sem parar até ficar tonto de tanta minissaia e salto alto. E as pernas então? Acho que sou perdidamente apaixonado por elas, seria capaz de passar alguns meses só fotografando coxas e anos só vendo as fotos delas, sorrindo com cara de safado, ou espera que eu as veja e faça careta?

    Gosto de saber que não estou só por aqui e que quando terminar este texto sairei pelas calçadas de São Paulo, só pelo prazer de a cada esquina, admirar inúmeros exemplares do sexo feminino, cada qual com um telefone diferente, que com muita sorte anotarei na minha mão.

    Só não entendo uma coisa: como é que tem tanta gente chorando e mendigando a presença de uma só pessoa, enquanto o mundo está repleto de tantas outras? Superlotado de bundas, mamilos, saias, pernas e porque não nobres corações? Você realmente acha que essa pessoa, que não lhe quer mais, é a melhor do mundo? A mais interessante? A única? Vou repetir: estima-se que o planeta Terra hoje possui aproximadamente sete bilhões de habitantes.

    Então, dá próxima vez em que sofrer ou brigar por alguém que não vale a pena ou que não está nem aí para você, faça as contas. Verá que existem muitas outras possibilidades deliciosas por aí e provavelmente não verá mais motivos para desperdiçar lágrimas e continuar economizando tantos sorrisos.


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