Não existe experiência melhor para se conhecer alguém do que viajar em casal. Passar mais de 24h juntos, dormindo, acordando sem maquiagem e com bafinho, conhecendo as manias do outro, os gostos, as neuroses. E as viagens em casal geralmente só levam a dois caminhos – aproximação ou distanciamento definitivo.
Ou seja, viajar em casal só faz bem, porque ou você adianta um futuro brilhante a dois, ou já elimina de vez da sua vida mais uma pessoa que não tem nada a ver com você, evitando perder seu precioso tempo, afinal, não está fácil.
Viagens em casal costumam ter surpresas e pegadinhas que frequentemente se repetem. Por isso, começaremos hoje uma série de posts entitulada Viajando em Casal, pra te ajudar a viver essas experiências reveladoras da melhor forma possível e se livrar, ou pelo menos tentar se livrar, das frias que podem aparecer no meio do caminho.
Hoje vamos começar falando das coisas que podem dar errado. Deixemos a parte boa para mais tarde. Reunimos aqui algumas armadilhas que geralmente acontecem durante uma viagem em casal, e que podem facilmente transformar o sonho em pesadelo:
Surpresas no banheiro
Dividir um banheiro com um estranho (principalmente com alguém em quem você está interessado) pode ser no mínimo, constrangedor. Como vocês sabem, a gente nunca imagina que a pessoa pela qual estamos apaixonadas seja capaz de fazer coisas tão bizarras quando um número 2. E aí ele termina de usar o banheiro da suíte, abre a porta, e o quarto todo se empesteia com aquele bufum de chorume. Tem também a moça que toma banho e deixa metade do cabelo preso no ralo ou fios espalhados pelo azulejo. Sem contar o clássico xixi na tampa, capaz de deixar de mau-humor até a mais monja de todas.
Malas Desproporcionais
Aqui o problema ocorre principalmente nos casos de viagens no estilo mochilão, no qual se carrega a bagagem maior parte do tempo. Aqui, as moças costumam dar mais problema. Lotam suas malas com chumbo que jamais vai ser usado, usando a desculpa do: “Gosto de ter opções, me deixa!”, e nunca dão conta do recado. Sobra sempre pro pobre coitado carregar – bem ele que fez questão de levar o mínimo de coisas possível, para poder curtir tranquilo sem incorporar o burro de carga. Já presenciei a primeira e última briga de um potencial casal por causa disso. Os homens geralmente pecam pelo contrário – levam pouca roupa demais e esquecem o essencial. Depois ficam desesperados querendo comprar cuecas ou chinelos por que se esqueceram, ou pedindo a toalha emprestado – e devolvendo-a molhada para o outro tomar banho.
Diferentes Fusos-horários pessoais
Cada ser vivo tem um fuso-horário que cultivou desde sempre. Há diversos tipos de combinação: os que preferem dormir tarde e acordar tarde, dormir tarde e acordar cedo, dormir cedo e acordar cedo, dormir cedo e acordar tarde, não dormir, dormir a viagem toda. Tem também as diferenças com relação à horários de comida – tem uns que preferem ficar o dia todo sem comer e mandar aquele digníssimo prato de pedreiro no fim do dia. Outros, preferem fazer todas as refeições certinhas, respeitando o intervalo de 3 horas entre cada refeição. E é aí que moram os primeiros problemas.
Eu mesmo já vivi situações em que acordei cedíssimo, como de costume, empolgadérrima para desbravar a cidade e tive que ouvir de um sonolento com high level de mau-humor: “Acho que você vai precisar arrumar um namorado que goste de acordar tão cedo quanto você.” (morro mas não conto quem foi). Essas coisas acontecem. Já ouvir também relatos de amigos que disseram ter odiado a viagem porque fulana só pensava em parar para comer o tempo todo. Acho que a solução nessas horas é tentar adaptar ou ser mesmo mais independente. Se acordou cedo com vontade de dar aquele rolê, vá sozinha a um lugar que não seja muito perto, deixe um bilhete avisando. Ou aproveite para fazer uma coisa que não costuma ter tempo de fazer na rotina, como parar para ler aquele livro que já estava pegando mofo na estante. Ou simplesmente parta para a técnica mais agressiva de todas – acorde o outro com um belo boquete matinal. Sério. Impossível que o sujeito fique de mal-humor e tudo dá certo.
Ela estar de TPM
Quando marcamos uma viagem no calendário, dificilmente pensamos: Hmm… deixa eu ver se vou estar de TPM. Até pensamos se vamos estar naqueles dias, mas em TPM tenho certeza que quase ninguém pensa. Grande erro. Os hormônios que transformam algumas mulheres em ETs nesses dias, podem acabar com o clima legal da viagem. E pra piorar, ela dificilmente vai assumir que está toda estranha por causa da TPM, o que faz o pobre coitado ter certeza que não fez uma boa escolha no quesito companhia. Esse pode ser o fim.
Não perca os próximos itens da seção frias, onde falaremos sobre compras, pneus de carro furados e outras cositas más.
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