• O que se leva da vida  é a vida que se leva
  • O que se leva da vida


    é a vida que se leva


    Parece óbvio e clichê, mas vida é uma só e não foi feita para ser degustada apenas nos finais de semana. Essa história de já começar a sofrer por antecipação no finzinho do domingo, de virar a cara para a segunda-feira, contar os dias para o happy hour de sexta e só se jogar mesmo, de corpo e alma, em tudo o que o universo tem de melhor a oferecer exclusivamente no sábado está errada. Muito errada. A gente não pode ser feliz um dia só na semana inteira. A rotina, por mais apertada e repetitiva que ela seja, precisa ser prazerosa, agradável, estimulante, caso contrário não estamos vivendo, estamos unicamente existindo. E só.

    Inconscientemente todo mundo sabe disso. Posta a frase de efeito de legenda na rede social debaixo daquela selfie das últimas férias na praia, compartilha o textão do amigo que critica a galera que só reclama e, vez ou outra, faz uma forcinha para pegar um cinema na quarta à noite e volta para casa se achando “o descolado”. A gente faz tanto esforço para acreditar que está fazendo essa coisa de viver do jeito certo que acaba acreditando. Esconde as tristezas, as dores e as frustações atrás de um monte de pequenas alegrias que já se passaram e fica amargando a incerteza de um futuro igual. Você está realmente confortável onde está ou apenas se acomodou?

    É muito fácil ficar no limbo da zona de conforto e continuar seguindo arrastado pelo caminho fazendo tudo sempre igual. O mesmo trabalho, o mesmo dia a dia cheio de roteiros, o almoço no mesmo restaurante, o mesmíssimo horário de dormir. Até nosso relógio biológico fica esgotado com tanta monotonia. Nossa energia enfraquece e até o corpo começa a responder de maneira diferente a estímulos que antes eram gratificantes. Um mínimo de mudança pode revirar a nossa vida completamente do avesso. Tirar aquele peso de precisar seguir um certo cronograma diário e tornar os nossos afazeres realmente divertidos e prazerosos.

    Bem aquela história de não se boicotar sabe. Quer passar na casa do namorado às 22 h da noite depois da aula, vai. Tem uma festa na casa de um amigo em plena terça-feira, vai. Seus amigos programaram um horário de almoço diferente do habitual naquela churrascaria perto do escritório, VAI. Você não vai se transformar em uma pessoa pior porque dormiu duas horas a menos devido à saída do dia anterior, matou um dia de academia para um encontro com um amigo de longe ou fugiu da dieta para conhecer aquela casa de sorvetes que inaugurou. Pelo contrário, você pode até ganhar algumas rugas e alguns quilinhos que em nada se comparam aos anos de vida que serão acumulados. De nada adianta seguir tantas regras se não sobra um sorriso no fim de tudo.

    Eu sempre digo que as oportunidades na grande maioria das vezes são únicas. E ainda que elas se repitam não serão com a mesma intensidade, podem não ser com as mesmas pessoas e nós, definitivamente, não seremos os mesmos. Vamos nos permitir e como diria Lulu, viver tudo que há pra viver. Para todo o resto existe botox, suco verde, corretivo, energético e o melhor: gente que gosta da gente bem assim, feliz. Sem precisar se martirizar por aquele feriado maravilhoso de três carnavais passados que você aproveitou no sítio. Tem outro logo ali. E uma segunda, uma quarta e vários outros momentos que podem ser igualmente sensacionais. Basta querer. Basta levar uma vida da qual você não precisa fugir. Nem por um segundo que seja.

    danielle-assinatura


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