Alguns amores superam a força do Tempo. Talvez não por toda eternidade, mas enquanto lembrados, são mais fortes do que qualquer coisa conhecida pelo homem. Sustentam-se na memória das pessoas que conheceram ou ouviram falar do bem que ele causou, são revividos a cada vez que é contado para alguém.
Esses amores nos mostram o quanto a recíproca em se entregar e fazer bem a alguém ainda vale à pena. Talvez passemos a vida inteira buscando, mas já está bem mais que provado que o Amor é uma festa da qual, realmente, conseguem nos fazer surpresa. Ele não manda notícia de que vai chegar, nem pergunta se você o quer.
Simplesmente se encosta.
E, quando vivido plenamente, torna-se inspiração para novos romances, outras pessoas e vai se disseminando em novas ações do bem praticadas pelo Mundo. É esse sentimento, que muitos dizem ser coisa do século passado, que nos faz querer largar tudo, que nos faz lembrar por nada, que mexe conosco sem explicação.
Muito tem se falado sobre a alta expectativa que se cria para se viver um “Amor de Verdade”. Talvez, o que mais podemos aprender com essas relações que nem o Tempo apaga, é que o “de verdade” é construído e provado no dia-a-dia, não é apenas uma promessa ou um desejo ao olhar no olhos.
É a rotina diária do olho no olho.
Nos falta, quem sabe, apenas a sabedoria para sermos parceiros do nosso próprio amor, cultivando-o até podermos entregá-lo a quem se gosta. E, a partir daí, aprender a ter paciência para ter uma relação sólida e trilhar um caminho a dois.
As histórias que ultrapassam o Tempo são aquelas mal veem o Tempo passar sem pressa, apenas se vivem.