Ela é diferente. Ela não é como qualquer menina por ai. E parece que nunca foi.
Ela gosta de usar roupas largas: saias, camisetas, blusas e vestidos. Alias, seus vestidos são perfeitamente desajeitados e lindos. E seus cabelos, os danados cachos, não conhecem química e nem chapinha. Mas se você está achando que ela faz tipo, ou é assim por charme, meu amigo, você está enganado. A beleza dela está na naturalidade.
Ela bebe feito homem. O copo de cerveja não pode ficar vazio. E você, todo cheio de si, irá rebolar para acompanhar a disposição dela. E mesmo se ela estiver bêbada, duvido você importar-se ou chatear-se, o sorriso amarelado dela cria reféns.
E antes que você conte até dez você já estará perdido. Ela entrará em sua vida sem pedir licença. Irá invadir pensamentos e batimentos cardíacos. Quando você perceber, sua vida não será mais sua. Mas prometo para você que irá gostar de ser invadido. A loucura dela é contagiante. Um metro e meio de disposição. Um metro e meio de confusão. Um metro e meio de amor.
Os beijos são molhados. A trepada surreal. Porém garanto que a melhor coisa serão os abraços. Aquele tipo de abraço que encaixa perfeitamente. Meu amigo, não tem como você não apaixonar-se. Desculpa, mas quando você começar a escutar ela falar sobre a vida – ou sobre como a vida não faz sentido – você já estará perdido. O amor exala por entre seus poros; novamente repito: o sorriso amarelado dela cria reféns.
Mas ela irá partir. O amor dela tem que fluir. Ela não irá conseguir encaixar-se a rotina alguma. E quando ela for, deixe-a ir. Algumas amores, assim como o amor dela, são como bilhetes de trem; válidos apenas para uma viagem.
