Sem sombra de dúvidas, uma das coisas que mais muda quando se começa a namorar é a vida sexual. Quando a gente namora, a intimidade acaba dando um toque especial ao sexo – o que não quer dizer que sexo sem intimidade também não tenha suas vantagens. Cada modelo de relacionamento tem seus prós e contras, um não é melhor que o outro, apenas diferente e de acordo com determinada fase da vida pela qual a gente passa. As principais divergências entre a vida sexual solteira e a comprometida baseiam-se nos pilares: intimidade, confiança e disponibilidade. Conforme a dose desses elementos aumenta ou diminui, influencia diretamente no tipo de sexo. Geralmente, quando se está em um relacionamento, os níveis dessa tríade estão transbordando. E isso provoca comportamentos muito interessantes.
Devido à alta intimidade presente nas relações sexuais comprometidas, é muito mais fácil testar os limites do casal. A intimidade faz com que vocês sintam segurança um no outro e estejam à vontade para levar brinquedinhos eróticos pra cama sem ser taxado de freak ou propor qualquer coisa, como ménages à trois, à quatre ou qual for a preferência do casal. Além disso, ruídos ou situações inoportunas são tirados de letra sem que vocês percam o clima; depilação atrasada, calcinha bege ou cueca furadinha acabam sendo cartas com um valor baixíssimo no Super Trunfo do Sexo e que não levam a uma brochada. Com intimidade você se sente à vontade pra chamar (ou não) a gata de vadia ~sem soar ofensivo~ e sem ter que segurar o tesão por ficar na dúvida. A intimidade te deixa tranquilo pra ser você mesmo na cama sabendo que, mesmo expondo suas maiores inseguranças, vai agradar seu parceiro.
Quando se está em um relacionamento também há um fortalecimento do laço de confiança entre os envolvidos, o que provoca experiências incríveis, como: sexo de luz acesas; admirar o outro pelado sem essa de ficar se escondendo no lençol ou buscando a roupa na velocidade da luz pra evitar que o parceiro flagre seu corpo desnudo; aquela entrega na qual a gente sente muito, muito, muito prazer com o prazer do outro, o sexo vira uma troca mesmo, não uma masturbação com uma boneca inflável viva; a gente também aprende a degustar o corpo do outro e a não ter nojinhos de cair de boca, literalmente.
A disponibilidade do outro sempre ao seu lado também proporciona maravilhas sexuais, como: maratonas de sexo; transar de manhã e tomar banho só à noite pra poder ficar sentindo aquele cheiro de sexo impregnado na pele do outro; dormir e acordar de conchinha no dia seguinte sem medo de ser feliz e transar em todos os cômodos da casa. Além disso, a prática leva à perfeição, então, quando você está em um relacionamento, conhece o mapa do corpo do parceiro inteirinho e já sabe qual o caminho até o ouro. Vocês dominam facilmente a deliciosa arte de gozarem juntinhos.
Mas não pense que a ausência, ou presença em baixos níveis, dos nossos pilares também não seja benéfica ao sexo solteiro. Quando você tá na vida lóki da pegação sem limites, vários corpos podem agregar valor à sua cama, mas, principalmente em transas casuais, você tem pouca ou quase nenhuma intimidade com essas pessoas. E isso é ótimo porque cria uma excitação em lidar com o novo que nos faz querer ser impecáveis, os reis do sexo – seja na cama ou na escolha da roupa íntima. Além disso, o sexo solteiro é mais desafiador porque temos que descobrir as combinações e mecanismos certos para levar o outro ao ápice. Não há atalhos ou déjàvus que nos fazem cair num roteiro pré-programando de como fazer o outro gozar. Bye bye monotonia!
Outro fator que também influencia bastante é a pessoa nem sempre estar disponível, fazendo com que você queira transar com ela todas as vezes como se fossem a última. Você vai ter disposição pra querer agradar o outro em todas as transas, irá explorar todos os pedacinhos do corpo dele, sugar e proporcionar o máximo de prazer que conseguir. Também não há a maldita rotina pra importunar o sexo solteiro, então, se a companhia for tesuda, dificilmente vocês vão trocar sexo por conchinha ou preferir jogar videogame. Com tudo novo em folha, também não há a possibilidade de questões do relacionamento ou convivência interferirem na transa. A inquietação de ficar na dúvida se ele(a) vai ligar ou não no dia seguinte também é uma delícia.
O sexo solteiro é misterioso, pode rolar até um medinho e insegurança sobre se o outro vai gostar de você ou não, se você vai conseguir satisfazer todas as necessidades do seu parceiro. Mas essa falta de confiança inabalável faz com que você se esforce ao máximo pra ter uma performance unbelievable na cama, afinal, você vai querer deixar seu ~cartão de visita~ e impressionar. O fato de não saber qual é o placar do jogo só faz com que você tenha mais sede de ganhar.
Seja qual for o tipo de sexo, há um mandamento básico que orienta todas as relações. Como diria nossa ministra da Cultura: relaxa e goza!
