• Porque Tem Tanta  Gente Solteira e Infeliz no Mundo
  • Porque Tem Tanta


    Gente Solteira e Infeliz no Mundo


    O assunto é corriqueiro nas rodinhas de conversas de garotas: por onde andam os homens (que prestam – detalhe essencial)? A reclamação já é antiga e só aumenta o número de mulheres que reclamam que querem namorar, mas que não encontram O homem. Será que elas estão procurando no lugar errado? Porque, não muito distante, escuto amigos reclamando que falta mulher… Que desencontro é esse? Quem então são as pessoas ao meu redor?

    Pra começo de conversa, é muito mais fácil listar as mil e uma razões dos porquês as pessoas não se encontram, não se entendem, não se ajustam, do que fazer uma lista citando os motivos que levam uma pessoa a se apaixonar pela outra. É sempre mais fácil odiar do que amar. Também acredito que seja natural levar um tempo para encontrar A pessoa que se encaixe na sua vida, afinal existem centenas de pessoas no mundo e possibilidades infinitas.

    Há aqueles que dirão que era melhor no tempo da vovó, quando o casamento era arranjado, era um compromisso, uma união de ajuda mútua. A mulher dependia do homem para trazer o sustento da casa e o homem precisava da mulher pra ser a rainha do lar: esquentar a barriga no fogão e lavar e passar. Eis que, como diria Mario Bortolotto, surgiu a máquina de lavar, para modificar tudo isso.

    Já há algum tempo a mulher não precisa mais do homem pra viver. Nem o homem precisa mais da mulher, ele já comprou sua máquina de lavar. E o que poderia parecer a morte do amor para alguns românticos tolos, na verdade é onde reside a beleza de tudo. Hoje em dia, para estar com alguém é preciso mais do que necessidade. É preciso querer, não mais precisar. Acabou-se – teoricamente – o casamento por conveniência. É preciso desejar e estar aberto para deixar o outro entrar em sua vida. E acredito que nem todos estão prontos pra isso.

    Muitos se saboreiam com as mais diversas possibilidades da era do hedonismo e se perdem entre coxas, peitos e bundas. Procuram um exemplo surreal de mulher/homem, e querem sossegar somente quando encontrar essa fantasia que sustenta seus sonhos eróticos. Pobre destes que desconhecem que a fantasia só existe porque, e exatamente enquanto, não é realizada. Deseja-se só o que não se pode ter.

    Nessa espera pelo príncipe/princesa, acabam por não dar oportunidade para os outros e para si mesmo. As pessoas estão ficando muito exigentes: não enxergam os próprios defeitos e não querem aceitar os dos outros. Falta abrir os olhos para procurar o que realmente interessa, focar no conteúdo e não só nas aparências. Falta também vontade de se doar, de compartilhar. É mais fácil se acomodar com as “múltiplas possibilidades” da solteirice, priorizar outras áreas da vida, do que compartilhar com outra pessoa.

    E quem disse que estar em um relacionamento seria fácil? É aprendizado, compartilhamento, evolução. Não há como entrar e sair de uma relação sem nenhuma mudança sequer. Mas parece que o individualismo do século XXI migrou para a área dos relacionamentos também. As pessoas querem crescimento pessoal, mas se preocupam muito mais em crescer sozinhas. O egoísmo impera e grande parte das pessoas não quer mudar, não quer se entregar, não quer se envolver, tem medo. Medo de falar sobre sentimentos, medo de sentir. É uma quase auto sabotagem. É natural ter medo de se relacionar, principalmente quando já tivemos o coração destroçado e nos machucamos muito em relações passadas. Mas afastar-se de relacionamentos por causa disso é deixar de viver. Privar-se de novas experiências, não se permitir.

    O que vejo acontecer é uma onda de relacionamentos na vibe ejaculação precoce que, devido aos motivos listados, terminam antes mesmo de ter a chance de começar. É preciso reaprender a se abrir para então amar.


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